(texto e recolha de Rui Macedo)

Vivia-se então uma fase de grande confusão e de
muitas vicissitudes, que seria interessante historiar, se o tempo e o espaço
no-lo permitissem. Mas, fiquemo-nos apenas em alguns detalhes anteriores, que
nos conduzem ao ano de 1989.
Como refere o citado artigo, na década de 80
três dirigentes obtiveram em Espanha, “mais formação” na ASDE, e dois outros
(Paulo Marques e Paula Castro) frequentaram a etapa avançada de caminheirismo
em Gilwell-Park. Já anteriormente outros (muito poucos) haviam enveredado pela
Formação. Nos anos 60, José Maria Nobre Santos e José Pena Ribeiro, em
Gilwell-Park; nos anos 70, Armando Morais, Mário Luzano Leite e outros (de que
não temos informação) haviam frequentado o Campo de Fraião do CNE e obtida
formação de dirigentes daquela Associação.
Todavia, apesar dos reconhecidos esforços
daqueles e outros dirigentes, ao longo dessas 3 décadas, nunca se tinha passado
na AEP dos CIE’s e dos Preliminares de I. M.
Até que, na XXIII Conferência Nacional de
Dirigentes, que decorreu no final de Janeiro de 1989, é aprovada a proposta de
colaboração do Gr. 94, para lançar um “Plano Nacional de Formação de
Dirigentes”.
Após a aprovação daquela proposta, realizaram-se
algumas reuniões entre os Presidentes da AEP e do Grupo e entre o Esc. Chefe
Nacional e o Esc. Chefe do Grupo, com vista à concretização da ideia proposta.
O panorama da formação na AEP nessa altura, foi
assim descrito em ofício do Departamento de Formação Nacional: “Como é do vosso conhecimento o Departamento
de Formação da AEP sofreu alterações após a proposta apresentadas na úl-tima
Conferência Nacional. A proposta surgiu na sequência da inoperacionalidade
verificada até aí, devido ao reduzido núme-ro de Formadores e aos afazeres
profissionais, particulares e acumulação de funções destes, não se verificando
o desejado incremento formativo. De realçar que a equipa começou com três
elementos, tendo um deles abandonado...”, concluindo mais adiante: “...o que faz repensar e criar novas fórmulas
que garantam um desenvolvimento consciente, coerente e progressivo dos
Escoteiro-Chefes de Divisão, Grupo, Núcleo, Região e Nacionais”.
Na sequência de tal
disposição e após contactos com a Divisão de Formação da ASDE (Espanha),
deslocaram-se a Madrid o E.C. Nacional Victor Santos e os dirigentes Mariano
Garcia e José Miguel Barros, que numa intensa jornada de trabalho com os
dirigentes espanhóis, estudaram um plano para a implantação da Formação na AEP
e, face às garantias de colaboração oferecidas pela equipa de formação da ASDE,
logo foi estabelecido um Protocolo para a realização de duas acções de formação
denominadas: Curso Avançado de
Adaptação para futuros Instrutores de Formação da AEP (CAIF), a realizar com a ajuda
dos Scouts de Espanha. A primeira no fim de Setem-bro e início de Outubro de
1989 e a 2.ª em Abril de 1990.
Os módulos, que tinham uma duração de 6 dias,
eram os seguintes:
1.
Escotismo
e pedagogia de adultos;
2.
O
Projecto Educativo Comunitário;
3.
Introdução
à formação de responsáveis de adultos;
4.
Os
Grupos tutor;
5.
Organização
do Escotismo;
6.
Política
de formação na AEP;
7.
Constituição
Mundial do Escotismo
8.
Compromisso
Associativo;
9.
Papel
do Instrutor de Formação;
10.
Os
cursos Monográficos;
11.
Formação
do Escoteiro-chefe de divisão;
12.
Escotismo
Internacional;
13.
Etapa
de informação Geral
14.
Técnicas
e ajudas à formação;
15.
Sistema
de Programas.
O aproveitamento do curso permitia a obtenção de
dois certificados: 1. Certificado de Etapa Avançada e 2. Certificado de
Instrutor de Formação, sendo o sinal externo, a Insígnia de Madeira.
Participante
do 1.º CAIF
Directores:
- Victor Manuel Pereira dos Santos (AEP)
- Luís Manuel Gonzalez Renedo (ASDE)
- Gonçalo Bercero Ingelmo (ASDE)
- Rosário Prieto Rosado ASDE)
- A. LLorente Simon (ASDE)
Instrutores:
Artur Victor Velez Grilo
Mariano Garcia Inácio
Paula Cristina Lopes de Castro
Paulo Jorge Pereira de Matos Marques
Rui Horácio Filipe de Macedo

Armando Garcia Inácio
Carlos Fernando Ribeiro Ramos
Celso Maurício Vieira Mendes
Domingos José de Oliveira Figueiredo
Ilídio Ramalho
João Miguel Carvalho dos ramos Correia
José Maria Fernandes Marta
José Nelson Teixeira de Vasconcelos
José de Oliveira Borges
Karim Shamsudin
Luís Avelino Relógio Guerra Correia
Mário António dos santos Cardoso
Nelson Desidério Raimundo santos
Pedro Henrique de Freitas Lindo Madeira
Rute maria Machado Catarino
Saúl Tomás Ribeiro de Sousa
A
equipa de instrutores acima constituiu-se, entretanto, em equipa de trabalho
para a concretização de um pormenoriza-do Plano de Formação para a AEP, segundo
o esquema da Insígnia de Madeira, tendo elaborado um Manual em Português, com
base na tradução dos manuais inglês e espanhol, bem como todo o material
escrito para suporte dos diversos cursos a realizar no futuro.
1 comentário:
Companheiros
Frequentei duas ações de formação no Pnec então designados PIM (Preliminares da Insígnia de Madeira), Alcateia e Tribo, dirigidos, se a memória me não falha, pelo Chefe Armando Morais. Não consigo precisar o ano (penso que talvez finais da década de 70 início da de 80). Possuem alguma documentação sobre estes acontecimentos?
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